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Osho Tarot Zen - A Carta Voltar-se para dentro.




A carta "Voltando-se para Dentro" no Tarot Zen Osho é uma representação rica e simbólica que captura o tema da introspecção, observação da mente e a busca pela tranquilidade interior. A imagem apresenta uma mulher com um sorriso discreto no rosto, o que denota sua atitude de serenidade e aceitação em relação aos eventos que ocorrem dentro de sua mente.


A figura da mulher assistindo aos malabarismos da mente é poderosa em sua simplicidade. Ela não se envolve nos pensamentos que surgem, não os julga, não tenta controlá-los. Ao invés disso, ela adota uma postura de distanciamento e observação, como se estivesse testemunhando uma apresentação divertida. Isso reflete a essência da meditação, não como uma prática de repetição de mantras, mas como um ato de contemplação pura, onde a mente é observada como se pertencesse a outra pessoa.

A mulher na carta encarna a ideia de que, ao nos tornarmos meros observadores de nossos pensamentos, ganhamos um poderoso instrumento para nos libertarmos das amarras da mente. Ela representa a capacidade de romper com a compulsão de seguir cada pensamento que surge, cada desejo que emerge. Através dessa prática, alcançamos um profundo entendimento de que os desejos incessantes só nos levam à insatisfação e à busca incessante por mais.


O cenário da carta também é significativo. A mulher está sentada sob uma árvore, que simboliza o crescimento e a conexão com as raízes da existência. A árvore também representa a jornada interior, desde a superfície da mente até as profundezas da consciência. A água que flui à sua volta evoca a fluidez da mente, as ondulações constantes dos pensamentos. Ela não se apega a essas ondulações, mas observa-as com calma.


Essa carta também ressalta a importância da meditação e da autocontemplação. Ela nos lembra que o objetivo da meditação não é repetir mantras ou afirmações, mas sim observar os pensamentos como se fossem de outra pessoa, sem julgamento ou apego. Ao fazer isso, podemos desenvolver uma compreensão profunda da natureza da mente e da maneira como os desejos nos afetam.


O sorriso discreto no rosto da mulher ilustra sua sabedoria e aceitação. Ela compreende que os malabarismos da mente não são para serem levados a sério ou seguidos cegamente. A carta nos convida a encontrar essa capacidade de sorrir para os pensamentos tumultuosos, reconhecendo sua natureza efêmera e ilusória.


"Voltando-se para Dentro" é uma carta de lembrança e convite. Ela nos relembra da importância de desacelerar, observar nossos pensamentos e encontrar a quietude interior. O convite para "Voltar-se para Dentro" é uma oportunidade para cultivar o contentamento genuíno, para transcender a busca incessante por desejos externos e encontrar a plenitude dentro de nós mesmos.


Todas as viagens são viagens para fora - não há viagem para dentro. Como você pode viajar dentro de si mesmo? Você já está ali, não faz sentido ir. Quando o deslocar-se cessa, a viagem desaparece; mas quando não há mais nenhum desejo obscurecendo a sua mente, você está dentro. A isso chama voltar-se para dentro. Mas não se trata absolutamente de um deslocamento, trata-se simplesmente de não sair para fora”.


Resumindo, o que esta carta propõe é que você se torne seu próprio observador.


Como exercício para esta carta proponho que a partir deste momento observe suas ações como se estivesse num teatro, sentado na platéia, assistindo a você mesmo representando seu papel. Observe seus gestos, o tom da sua voz, as palavras que diz, as imagens que constrói enquanto interage num relacionamento. Mas observe calmamente, sem julgar, condenar ou acusar. Com o mesmo olhar que esta mulher evidencia nesta carta. Nada abala sua calma. Ela apenas assiste, sem participar.









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